Este é o
imponente cenário do Vale dos Reis, situado a oeste de Tebas e, como o
próprio nome bem o diz, local da última morada dos mais importantes
soberanos do Estado Egípcio. Contudo, este não é o único dos cemitérios.
Existem igualmente, porém mais afastados no deserto, o Vale das Rainhas
e também o Vale dos Nobres. Aqui, quando se acreditava que nada mais
pudesse ser encontrado, Howard Carter descobriu em 1922 o túmulo
inviolado do faraó-menino Tutankhamon. E muito certamente sob essas
areias escaldantes dormem muitos outros segredos, restando ainda muita
coisa a descobrir! Principalmente pelo fato de que tudo aquilo que até
hoje foi descoberto no Egito não representa nem 30 por cento do que
ainda falta ser revelado - ou, quem sabe, desvelado!
Temos recebido
várias consultas dos nossos visitantes a respeito de uma fantástica
cidade dos mortos, subterrânea, cuja lenda foi mostrada no filme A MÚMIA
e cujo nome seria RAMUNAPTRA, ou RAMUNATRA. Este nome é, de fato,
tipicamente egípcio e invoca o nome de três divindades: RA-AMUN-PTAH-RA -
a saber: RA o deus-sol, doador da vida; AMON o "oculto", senhor das
coisas "de cima e de baixo"; PTAH o patrono da magia, das ciências
marginais e alquímicas que envolvem os mistérios do telurismo, da
mumificação e também do raio verde negativo; e novamente RA fechando o
ciclo - Faz sentido! Mas teria mesmo existido tal misterioso complexo
subterrâneo?
A resposta é SIM,
incrivelmente SIM! O nome pode não ter sido exatamente este, porém o
historiador grego Heródoto (a quem se deve inclusive a descrição de
todos os processos da mumificação) esteve realmente neste misterioso
complexo subterrâneo - a cidade mágica dos mortos, na qual eram
praticados todos os processos de mumificação! Heródoto visitou o Egito,
passando pelo Lago Moeris, pelo Oásis de Fayum e também pela cidade de
Shedit. Não se sabe a exata localização deste enorme complexo, chamado
por ele de "Memnonia", porém seus relatos dizem que esses verdadeiros
laboratórios subterrâneos eram compostos por labirintos dotados de doze
corredores e cerca de 3 mil câmaras em dois andares superpostos. Aliás, a
palavra "labirinto" vem mesmo do egípcio e daí os gregos compuseram a
sua mitologia. Nessa impressionante e fantástica "cidade dos mortos"
residiam verdadeiramente todos os segredos e mistérios do Antigo Egito.
Sob a égide do guardião Anúbis e de uma estranha deusa desconhecida
chamada Mersgher - aquela que gosta do silêncio - existia também um
soturno subsolo que, segundo Heródoto, era interditado aos profanos,
isto é, aos não iniciados, e no qual existiam: objetos "raros"; também
aqueles laboratórios considerados os mais secretos e - prestemos
bastante atenção nisso - AS MÚMIAS FANTÁSTICAS DE ANTEPASSADOS
PERTENCENTES A OUTRAS HUMANIDADES!!!
Nesta estela uma
das raras imagens da misteriosa deusa Mersgher (à direita). Não é pois
sem uma justa razão que a padroeira e guardiã da cidade dos mortos foi
"aquela que gosta do silêncio"! Note-se que ela não tem rosto!
Ao final da XVIII
Dinastia, tendo ocorrido a ascensão do amado Akhenaton; o posterior
assassinato de Tutankhamon e a partida do último dos Iniciados, o Egito
mergulhou nas trevas e por conseguinte a sua sagrada Luz se extinguiu. A
subida ao trono do abominável e ambicioso general Horemheb originou o
caos que propiciou a degradação material, moral e espiritual daquela
sagrada terra e também a tentativa de sufocar as suas mais altas e
veneráveis tradições. Lamentavelmente, a partir daí, começaram a ocorrer
as invasões externas, o controle do Estado foi assumido pelos
ambiciosos sacerdotes de Amon e a mumificação perdeu o seu caráter
religioso e sagrado, passando a se constituir em um próspero e
repugnante mercado extensivo somente àqueles que, ricos ou pobres,
pudessem pagar os extorsivos preços praticados pelas diversas "casas dos
mortos" que se espalharam, então, por todas as cidades
indiscriminadamente. Verdadeiras aberrações, simples arremedos de uma
tradição gloriosa, tais como as mostradas nas fotos acima, se
espalhavam, por todos os lados. O que você vê são "sarcófagos" com
"múmias" estrangeiras do Período Romano (os dois primeiros à esquerda), e
ao lado uma outra heresia proveniente do chamado Período Grego - a
múmia de Artemidorus.
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