KUWAIT
A fim de melhor ambientar o leitor com as raízes da
primeira agressão ao Iraque, reproduzimos as palavras de Tarek:“Quando
olhamos para as fronteiras entre o Iraque e o Kuwait vemos que são
fronteiras artificiais. O Kuwait, até 1920, era só uma pequena cidade.
Quanto às duas ilhotas Boubjan e Warba, o problema é o mesmo. Warba está
mais próxima das costas iraquianas e sobretudo não tem nenhum valor
para o Kuwait; em contrapartida é vital para o Iraque que quase não tem acesso ao mar. Como explicar a intransigência dos kuwaitianos em não resolver essas diferenças?”
“Esses dois países (Kuwait e Arábia Saudita) estavam conseguindo uma
superprodução de petróleo, que ultrapassava regularmente a quota
habitual. Os preços do petróleo bruto caíram. Esta ação não tinha nenhum
sentido, a não ser piorar a situação do Iraque. Quando a produção
aumenta, os preços caem. O Kuwait exportava um milhão de barris por dia a
18 dólares o barril. Quando ele passou a um ritmo de dois milhões de
barris, o preço caiu a 9 dólares. Quem perde? Ele, é claro, mas ele
podia se permitir isso, pois tinha muito dinheiro. Durante sete meses o
Kuwait inundou o mercado. Era uma operação de estrangulamento para nós. O
presidente Saddam Hussein havia mencionado esse problema no encontro
árabe em Bagdá, em 28 de maio desse ano. Ele perguntou aos kuwaitianos
por que eles atacavam o Iraque assim. Em Djeddah, o comportamento deles
foi cínico e intransigente. Nenhum pequeno país teria tido esse
comportamento contra um grande vizinho se ele não tivesse por trás o
apoio cúmplice de outra grande potência. É uma realidade política. Os
pequenos países tentam acertar seus problemas com seus vizinhos de forma
lógica e diplomática. Eles demonstram flexibilidade para evitar os
estragos. Por que esse complô? O Iraque, ao sair da guerra contra o Irã,
havia conseguido criar um equilíbrio militar diante do próprio Irã e
diante de Israel. O desregulamento do mercado petrolífero foi concebido
para empobrecer o Iraque, colocar um freio nos seus programas de
desenvolvimento, principalmente no campo militar e fazer com que não
tivesse outra preocupação a não ser sua segurança alimentar. Esse complô
aconteceu unicamente no interesse de Israel. Basta um único país árabe
não construir sua política sobre a questão essencial, a saber a
supremacia israelense sobre os árabes, para chegar à situação atual. As
negociações em curso entre israelenses e palestinos não podem chegar a
um regulamento. Simplesmente porque Israel é muito mais forte do que
qualquer outro país árabe. Se não existe equilíbrio, não pode haver
regulamento. Os árabes pagam hoje o preço do estrangulamento do Iraque”.
LEONARDO SEVERO
Olá seja bem vindo ao Blog 100 Historia , aqui você encontra conteúdo relacionado as ações do homem ao longo do tempo . E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. - João 8:32 - O homem nunca pisou na Lua. - A Princesa Diana foi assassinada. - Paul McCartney morreu em 1966. - Nenhum avião atingiu o Pentágono em 11 de setembro de 2001. Espantou-se com essas afirmações? Você ainda não viu nada!
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